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Dólar fecha a semana em alta, com foco na China e Estados Unidos

Por Carla Carvalho
Publicado 8 de setembro de 2023


A semana de 01/09 a 08/09 marca volatilidade e alta do dólar comercial, que abriu a semana a R$ 4,94 e atingiu máxima de R$ 4,99 na quarta-feira (6). Na tarde da sexta-feira (8), a moeda era cotada a R$ 4,98. A seguir, confira os principais fatos que mexeram com o dólar na semana.


China


Na terça-feira (5), foi divulgado o PMI (Índice Gerente de Compras) do setor de serviços do país, que mostrou um recuo de 54,1 pontos em julho para 51,8 em agosto. 


Esse indicador, que segue uma escala de 0 a 100 pontos, mostra a percepção do mercado sobre a economia, sendo que divisor entre expansão e contração é 50 pontos. A queda de julho para agosto mostra a persistência da desaceleração econômica no país, que vem se intensificando em diferentes setores.


Notícias sobre o setor de mineração também causaram preocupações na China. Por lá, o planejador estatal avisou que pretende melhorar as regulamentações e conduzir uma análise detalhada das oscilações dos preços. O anúncio impactou o preço da commodity e das ações de empresas exportadoras. Por aqui, as incertezas quanto à economia chinesa e os preços das commodities metálicas pressionaram o Ibovespa nessa sexta-feira (8). Por volta das 13h, o índice recuava 0,54%, aos 115.338 pontos. 

Por causa do feriado do dia 7, a bolsa brasileira registrou com atraso o mau humor dos investidores na semana.


Estados Unidos


O número de solicitantes do seguro-desemprego veio abaixo do consenso no país. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Departamento do Trabalho dos EUA, os pedidos iniciais caíram de 229 mil para 216 mil, bem abaixo dos 234 mil que o mercado esperava para o período.


Outro indicador que mostrou o aquecimento da economia americana foi o PMI de serviços, que passou de 52,7 pontos em julho para 54,5 em agosto, superando com folga a previsão de 52,2 pontos. Agora, as expectativas recaem sobre o indicador de inflação dos EUA, que deverá ser divulgado na semana que vem. Por enquanto, crescem as apostas de que o Fed promova novo aumento de aumente novamente os juros até o final do ano.


Vale lembrar que juros mais altos em economias fortes pressionam as moedas dos países emergentes. Com títulos públicos pagando mais em economias desenvolvidas, aumentam as chances de que investidores troquem países como o Brasil por portos mais seguros.

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