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PIB brasileiro, payroll e China mexem com o dólar na última semana

Publicado 01/09

Por Carla Carvalho


A semana de 28/08 a 01/09 foi marcada por forte volatilidade do dólar comercial, que registrou mínima de R$ 4,85 na abertura da quarta-feira (30) e foi a R$ 4,95 um dia depois. 


Estados Unidos


Os dados de inflação ainda persistentes nos EUA contribuíram para a alta do dólar na semana. Por lá, os gastos dos consumidores aumentaram em julho, enquanto o PCE (índice de preços que mede a inflação) ficou em 0,2% no mês passado, mesmo patamar de junho. No acumulado de 12 meses até julho, o índice aumentou 3,3%.


Apesar da alta da inflação, há quem acredite que o Federal Reserve (banco central americano) não promova mais aumento de juros. Com a divulgação do payroll nesta sexta (1), a cotação da moeda norte-americana, que havia chegado à mínima de R$ 4,90, voltou a subir, atingindo R$ 4,92 no final da manhã. Por lá, a criação de 187 mil vagas de trabalho veio acima das 157 mil esperadas, segundo a revisão do número em julho. A taxa de desemprego do país atingiu 3,8%, acima do consenso esperado, de 3,5%. O resultado também superou os 3,5% computados em julho e os 3,6% de junho. 


Já o salário médio por hora trabalhada aumentou 0,2% em agosto frente a julho, desacelerando na comparação com os 0,4% de julho. No acumulado de 12 meses até agosto, o salário aumentou 4,3%, abaixo do consenso de 4,4% e dos 4,4% de julho.


Brasil


Na manhã desta sexta-feira, o dólar, que abriu a R$ 4,95, recuou para R$ 4,90 pouco tempo depois de o IBGE divulgar que o PIB brasileiro cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano em comparação aos três meses anteriores. O crescimento foi menor do que o ocorrido de janeiro a março, período impactado positivamente por um resultado do agro acima do esperado. 


Mesmo assim, o número superou as expectativas do mercado. Analistas de instituições financeiras ouvidos pela Bloomberg projetavam avanço de 0,4% para o indicador em relação ao primeiro trimestre do ano.


“Apesar da política contracionista, o crescimento da economia tem sido sustentado pela renda, e não somente pelos programas de transferência do governo. O mercado de trabalho também tem surpreendido favoravelmente”, disse Ricardo Faria, sócio da Legend Investimentos, à Folha na manhã desta sexta-feira.


China


O PMI (índice de gerentes de compras) da China avançou de 49,2 em julho para 51,0 em agosto. A recuperação ocorreu após a ultrapassagem da marca de 50,0, que divide expansão e contração da atividade econômica. 

Junto disso, os estímulos ao setor imobiliário impulsionaram as bolsas chinesas e trouxeram mais otimismo aos mercados europeus e futuros de Nova York.


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